Agroflorestação: Outro jeito de fazer agricultura no Semi-Arido

domingo, 30 de agosto de 2009

Por que sequestrar Carbono?

O sequestro de Carbono é uma das atividades centrais no trabalho do, vulgarmente chamado, "projeto co2 reciclado". Portanto é preciso aproveitar este canal de comunicação para tentar acrescentar elementos tanto explicativos quanto justificativas sobre o assunto.
Caminhando pelo Blog, na sessão da leitura obrigatória, existe um link para o artigo "Floram e o Desenvolvimento Sustentável" de autoria do Prof. Ab' Saber, onde existe uma argumentação muito interessante que serve de base para este projeto e muitos outros ao redor do mundo. De forma resumida, o artigo mostra que as emissões, tanto as já realizadas quanto as emissões correntes, precisam ter seu impacto aliviado. Esse alívio, ou mitigação, permite, em tese, que haja um tempo maior para uma conversão mais efetiva dos processos sociais rumo à tecnologias de baixa emissão, principalmente através da substituição da matriz energética baseada em combustíveis de orígem fóssil por tecnologias renováveis.
A base das propostas de mitigação dos Impactos Climáticos é o processo de sequestro de carbono através da fixação biológica do carbono em tecidos vivos de árvores em crescimento. Ou seja, o sequestro de carbono se baseia no ciclo natural das plantas. Ele se baseia no processo da fotossíntese no qual as plantas transformam energia solar em energia e tecidos vivos. Isso envolve reações físico-quimicas, tendo como matrizes água (H2O) e gás carbonico (CO2), que resultam em liberação de Oxigenio (O2) e retenção de Carbono (C) em diferentes formas e compostos úteis à planta.
As árvores, em especial, conseguem acumular nos seus organismos uma quantia significativa deste carbono, principalmente em forma de compostos de lignina que formam a maior parte do seu corpo de modo relativamente durável, ao contrário de outros tipos de plantas, onde há pouca duração dos tecidos, como, por exemplo, um alface. Com isso uma árvore acumula ou retém ao crescer uma quantia de CO2 do ar no seu corpo. Além disso, as interações de suas raízes com o solo, a queda de suas folhas ajuda a construir ambientes favoráveis à vida no solo, causando mudanças na estrutura do mesmo. Estas mudanças provocam o acúmulo de Carbono no solo, tanto em forma viva (minhocas, bacterias, fungos e tantos outros), quanto na forma de compostos e soluções.
O artigo foi publicado em 1996, explica e apresenta uma proposta que foi elaborada a partir de 1988, a proposta do Projeto Floram. O cenário de então já parecia requerer medidas daquela magnitude. De lá pra cá muito mudou para pior. Apesar de realmente ter havido significativos avanços científicos voltados para a substituição e para a redução de emissões de maneira geral (inclusive avanços na conscientização do público sobre o assunto), não se trata exclusivamente de uma questão técnica, mas sobretudo política e econômica. Isso ressalta a importância crescente de ampliar os esforços de sequestro de carbono que tenham atrelados a estes encaminhamentos de desenvolvimento socioambiental.
Você pode fazer parte disso! Compensando suas emissões você está ajudando a otimizar um trabalho em andamento! Escreva para contato@ipesa.org.br e tenha seu CO2 Reciclado.
Este assunto é vasto e logo voltaremos a ele.
Agradecemos sua visita e volte sempre!

Um comentário:

  1. muito legal o blog!
    precisamos tomar uma atitude séria em relação a esse assunto!
    e também cortar o mal pela raiz (não só compensar depois...)

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